quarta-feira, 28 de março de 2007

espasmo 05

me tira do sério uma mentira dum sério...

seu

Tudo começava na sua garagem pela manhã. Estava dentro de SUA casa, e agora dentro de SEU carro. Ele odiava que seu filho estacionasse o carro prendendo SUA vaga, por isso decidiu demolir a sala e ampliar sua garagem. E nunca parava o carro de costas para a rua. Gostava de sair com SEU carro de frente. Preferia assim. Por isso mandara impermeabiliziar e cimentar o antigo jardim de SUA esposa, que fazia uma ótima composição com a sala. Ele dominava a rua com SEU carro. Sentia como se ela fosse dele. Odiava quando alguém entrava na SUA frente o impedindo de avançar, ainda mais quando um carro de qualidade inferior ao SEU e odiava mais ainda quando não o deixavam entrar nas vias coletoras que o levavam à SUA empresa. Tudo na rua devia funcionar como ele previa. O que acontecesse de errado, sua ira o corroia por dentro e saia com forma de xingamento à qualquer pessoa que se desviasse de seus planos. Suas mãos no volante quente acima de suas pernas apoiadas no estofado confortável, respirando o ar condicionado que se relutava em resfriar o ar quente que se aquescera no sol enquanto ele trabalhava, suas costas relaxavam no espaldar longo da poltrona, tudo aquilo que fora projetado para que o confortasse e fizesse com que aqle espaço interno, apertado, mas gostoso, o fizesse se sentir como em casa, a raiva que o corroia o fazia esquecer de tudo aquilo que formava o ambiente que o fazia ser dono de toda a cidade enquanto motorista daquele sedã azul.

terça-feira, 20 de março de 2007

som

O que acontece com a música hoje em dia? É tão facil criar uma música que muita gente sem talento compra uma guitarra e faz umas músicas tão bobas, mas que são fofinhas e se vestem feito burgueses europeus do sec. XVIII do sec.XXI e fazem sucesso porque menininhas os acham bonitinhos e, claro, como não são boysbands, os garotos tb gostam pra agradar as garotas. Aqla velha cousa. Faça uma música pra dançar e a venda. Não precisa de ser boa. Apenas que dê pra dançar. E dê! Venda! E vivem perguntando por ae onde está o rock hoje.... Está onde sempre esteve... Fora dessas bandinhas, as quais garotas gostam, e garotos fingem gostar....

Procurem ouvir música...

rua

Acho que todos seriam mais felizes se saissem à rua se envolvendo mais com ela. Se envolvendo mais com a cidade. Brincando com as texturas e linhas disposta no chão. Com as formas dos prédios. Sentindo as bolinhas da sinalização tátil a cada esquina. Seriamos mais felizes se brincassemos de pular nas tampas de caixas de telefone, luz ou incedio nos passeios.. aqlas que fazem barulho. Se corressemos pelas linhas brancas ou pretas das calcadas portuguesas. Se pisassemos sobre troncos de árvores arrancadas durante uma caminhada ficando alto durante isso. Se tratassemos melhor da rua, como se ela também fosse nossa, apesar de realmente ser, e não a aceitarmos como tal.
seriamos mais felizes.

quinta-feira, 8 de março de 2007

filme

Ali eu o via. Sentado de costas pra mim. Sentia medo de me aproximar. Lhe daria um susto. Ele não esperava me ver aqui. E via um filme, concentrado, no escuro, seus olhos perdidos na luz do monitor. Ná caixa do filme aqui atrás dizia ser um filme de suspense, mas não anda muito parecido com isso não. Eu seria um susto maior que o filme inteiro. Seus braços sobre a espreguiçadeira. Pensei em tocá-los e dizer alguma cousa. Há muito venho tardando lhe dizer algo. Dúvida. Muita dúvida. Droga! ele é meu filho. Tenho que lhe dizer algo. Tenho que ir até lá! ... [..] ... NÂO! tira essa mão dai. Não adianta. O susto não ajudará em nada. Tenho que me conformar. Já se passou muito tempo. Ele já é grande. Mas eu assustaria até mesmo ele. Há 5 anos que não me vê.
Há cinco anos que morri. Voltarei a minha vida de fantasma.

bobo

Como explicar pruma garotinha de sete anos de idade porque você tenteou suicidar, Frank? Como não se sentir mais bobo ainda após fracassada tentativa de extravio de sua alma? Qual deve ser a sensação de uma pessoa real diante de tal sutiação? Faz bem isso?

Afinal, a gente não escolhe quem a gente ama, né naum, Olive? =)

oleopetr

É mais fácil fazer um acordo com o "Brazil" do que continuar criando guerras no berço do petroleo. Alegar que países portadores do negro óleo produzem armamento químico pesado, enquanto vizinhos os portam abertamente como escudo a tempos.
É mais fácil gastar dinheiro honestamente do que inventar desculpas pra se banhar no mar que um líquido que move seu país.
Sr. Secretário de Agricultura do país em questão que porta vermelho e azul em sua paixão, quem disse que não precisam de etanol? Acorde, señor!