sábado, 28 de abril de 2007

fora

Tudo é uma questão de tempo. Até que enjoaremos de tudo. Luto nas cousas velhas. Tudo em preto. Minhas lembranças em sepia. As idiotices que fiz pra parecer um cara legal quando na verdade não tinha nada a dizer. Quando na verdade era apenas um vicio estar ali. E querer conversar com todos. E não havia nenhum assunto. Preciso de mais vida e menos casa. Daqui preciso da cama. Do resto preciso de tudo.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

espasmo 07

a dor sente o docente por um discente displicente

quinta-feira, 19 de abril de 2007

pedestres 01

vi algumas pessoas na rua hoje... algumas me intrigaram pelo comportamento e decidi escrever sobre pessoas que vejo na rua sempre.. mesmo que não sejam verdades, apenas situações adversas com pessoas que nem sei se realmente existem.
Havia um homem.. eu notei em sua face. Havia rancor e medo. Uma angústia. Uma dúvida. E ele caminhava sem saber o que fazia. Sem saber o que fazia andando. Seus pés o punham em mais dúvida. Passava seus pés pelo chão e não percebia que o fazia. Suas mãos jaziam sob seus braços pendurados no corpo apenas serem parte. Se desmontassem, os retiraria pra aliviar o peso. O que ele queria era um conforto, parar seu corpo sem a preocupação de suas responsabilidades. A dúvida que beirava a morte o matava antes mesmo de consumar seu desejo. Ele passou.
Logo depois havia uma mulher. Ela carregava uma sacola velha de feira. Aqlas sacolas coloridas quem usavam pra comprar frutas antigamente. Mas ela vagava com a sacola pouco cheia com passos lentos retardando a volta para casa. Aquela avenida lhe parecia mais interessante. Com várias pessoas que queria conhecer. Com quem queria parar e conversar. Ela desejou uma bancada com uma placa "faça amigos aqui". Não queria voltar pra casa. Se casou sem desejar. Queria uma compania e achava que tudo funcionaria como funciona consigo. Tudo fugira de suas espectativas e ficou perdida em sua propria casa. Passara a comprar menos pra precisar sair mais. Ficava conversando com os atendentes da padaria e do mercado tornando o expediente mais interessante. Mas sua vida não tinha mais o mesmo glamour apaixonado de seu noivado. E ela passou.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

protesto 01

Ninguém mais se importa com a própria rua onde mora. Só com o muro de sua própria casa

cenário

A grande diferença das ruas de aqui são os cenários e o fetiche de usar o carro. O que é o carro afinal? é uma bolha na qual você senta e se locomove fazendo o mínimo de esforço. Alguns com mais conforto que o outro. Uma bolha que se locomove em um espaço público e o torna privado momentaneamente. É MEU! O cenário desenvolvido ali é composto de sinalização de trânsito e luzes vermelhas de freio. Quando se anda pela cidade o cenário se torna diferente. Sua atenção é voltada para os marcos e volumes protuberantes. Inclusive pelos carros. Quando este cenário deixa de ser apenas estético, quando a violência e a falta de atrativos visuais são proeminentes, voltamos à necessidade maior de nos satisfazer do fetiche de um carro ou outro veículo automotor distinto.
Em Paris, por exemplo, onde este atrativo visual é muito maior que em uma cidade como Belo Horizonte, e um carro é mais barato de ser adquirido, as pessoas andam mais pelas ruas. Talvez porque se saciam por aquela beleza monumental e imponente. Até o suor na cultura francesa não é tão nojento como aqui. Mas se sua menos andando por Paris que por aqui.
Mas a composição de cenários e a incorporação do usufruidor como personagem é significante para a utilização do espaço público e composição do mesmo.

deleite

Procuro em ti todo conforto que busco num momento triste. Quando preocupo em não me importar com o resto do mundo, em me deitar e fazer de conta que nada mais importa. Me confortar nos seus braços e esperar que me sinta bem. E além disso, portar em meu coração todo colapso caótico de minha paixão. De me entregar com fervor no nada que nos condensa e repousamos moles num leito de gozo. Deleitar-me em seus beijos e confortar-me como se nada mais importa-se.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

espasmo 06.

minha fatura é uma fratura à minha fartura