domingo, 23 de setembro de 2007

suco

Ele se aproximou devagar. O que eu fazia não me permitia tomar aquela atenção à ele. Sorrateiro, caminhava devagar a passar pela minha frente. Quando o percebi, ele se aproximava de meu copo. Notei que talvez houvesse notado o odor de goiabas lindas e gostosas que exalava logo a sua frente. Então cometera o erro de esbarrar seu exoesqueleto em meu mindinho que ali repousava, próximo ao copo. sobre a mesa. A sobremesa a qual me oferecia estava sendo ameacada. Senti. Ele aproximava do copo e iniciava a subida. Escorregava suas finas patas no alumínio. Trocei-lhe com meia duzia de ofenças. Ele continuava. Persistente. E meu suco ali. Meu! como não? Bebo! ele se aproximava da metade do copo. Me alarmei. Tomei a iniciativa de me livrar dele. Mas o odor que ele exala sendo ameaçado não me agradaria sentir. Fui breve. Um peteleco. Ele não caiu longe. Logo imaginei que se realmente fosse o cheiro do suco, ele retornaria. Bebi... tudo.. e corri e lavei o copo. Sentei novamente. Há! venci um besouro verde. Não.. ainda não. Houve o medo de que ele voltaria.. ainda havia goiaba em minha boca. Houve ainda o medo dele vir até minha boca. A pior parte. O pavor de sentir aqle gosto à primeira contorcida de meus labios. Fui até o banheiro e escovei os dentes.
Pronto! agora quem é esse besouro! há! quem é!! Arh! meu suco de goiaba não...