quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

barco

Há água na sarjeta. A água da sarjeta que leva meu barquinho de papel que o fiz com as mãos. que o molha e o torna frágil no fundo, e logo a água penetra por todo ele e deixa pesado. Logo atinge o fundo do rio da sarjeta e o pára em um banco de folhas marrons que se acumularam em um relevo da rua. Contive minha tristesa. Criei afeto por ele. Três metros de afeto. Mas foi a água e não ele. Devia ter ficado no meu bolso.

Nenhum comentário: