quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

café

Triste em todas as manhas. Sentada numa cadeira em frente a mesa. Afastada. Ve a fumaça do café subir da xicara como dançando uma melancolica canção. Se levanta e joga um pouco de migalhas sobre a mesa em frente a cadeira a sua esquerda. Repete o mesmo a direita. Volta ao seu lugar e serve café ás outras duas xicaras. Á esquerda e à direita. Não muito, quase um gole. Ainda sente o cheiro. Se senta e continua a olhar o café. Por 2 minutos. Fecha os olhos e suspira. O peito doi. Sua pálpebra se contrae, junto, a sobrancelha também, a boca treme. A mão vem ao rosto como um auto-consolo. Por algum tempo imóvel, um silencio quebrado por suspiros momentaneos. Logo com a mão que lhe consola, tira o cabelo do rosto e engole o choro. se levanta e vai à pia. Descalça, mas o piso frio não lhe incomoda. Esses incomodos já não lhe são importantes. Se apoia na bancada por um tempo e vira a ver a mesa... vazia... sente falta dos dois. Denovo suas pálpebras se contraem, mas mantendo o olho aberto. Ajoelha e se contrae num canto ainda com o jornal na mão. Acidente de carro. Pai e filha.

Nenhum comentário: